Promessas não cumpridas

Para quem vive em uma grande metrópole como São Paulo sabe o que é conviver com muitos, muitos carros... Hoje a maioria dos países desenvolvidos estão buscando alternativas de transporte para o caos do trânsito que se formou. Infelizmente aqui em São Paulo falta muito para chegarmos a um nível aceitável de tráfego.
Além da questão tráfego, ainda temos a questão do sedentarismo e da polição que hoje em dia tomou a maioria dos grandes centros, levando a uma lista quase interminável de doenças que poderiam ser evitadas.
Particularmente eu acredito que o automóvel tem seu lugar em nossa sociedade, o problema é a dependência que ele causa nas pessoas. Tem gente que pra ir na padaria da esquina precisa ir de carro. Passou da hora de começarmos a cultivar hábitos mais saudáveis...

Veja algumas promessas do início da popularização do carro:

* “É a invenção mais geradora de saúde dos últimos mil anos”, escreveu Frank Munsey, em 1903.

* Viagens de carro eram consideradas boas para o fígado e eram recomendadas no tratamento da tuberculose. Uma autoridade de saúde em Nova Iorque escreveu que motoristas conseguiam se “exercitar” através do leve, mas proposital “esforço para manobrar o volante”.

* Dirigir oferecia “uma ativação energética de todo o organismo”, aconselhava um escritor alemão.

* “Em vilas e cidades o barulho das ruas será reduzido, uma benesse sem preço aos nervos cansados de uma geração combalida” previa a publicação Horseless Age em 1895. A revista também afirmava: “as ruas serão mais limpas, congestionamentos e bloqueios menos prováveis e acidentes menos frequentes“.

* Scientific American previu em 1899 que os carros “eliminariam grande parte do nervosismo, distração e tensão da vida moderna nas metrópoles”.

* O carro era enaltecido como gerador de serenidade, esquecendo alguns atributos menos gentis: “Em vez de perturbar a paz, o automóvel encoraja os prazeres do repouso e reflexão. Na verdade, ele é um eventual quebrador de ossos, mas isso se deve somente a propensão do homem de não olhar por onde anda”.
[via Transporte Humano]
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